Conservação da Amazônia através do Plano de Manejo Florestal Sustentável
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Conservação da Amazônia através do Plano de Manejo Florestal Sustentável

O Manejo Sustentável da floresta Amazônica tem se mostrado uma prática eficaz na conservação da biodiversidade e na promoção do desenvolvimento sustentável na região. Segundo um estudo publicado na revista científica "Science Advances" em 2020, áreas sob manejo sustentável apresentaram maior diversidade de espécies e maior número de árvores em comparação com áreas não manejadas. Além disso, o manejo sustentável também tem gerado emprego e renda para as comunidades locais, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região.


A sustentabilidade no manejo é observada e monitorada por diversos órgãos federais e ambientais que são responsáveis por manter os projetos em acordo com as leis. O plano de manejo segue uma série de pré-requisitos e deve passar por inúmeras etapas antes de ser aprovado. O processo é bem burocrático, mas é eficaz para garantir que os produtos de origem florestal estão sendo explorados de forma correta, garantindo a regeneração natural da floresta e potencializando os efeitos socioeconônimos da região.

É de responsabilidade da Arbo, para com nossos clientes e sociedade em geral, explicar como funcionam nossos processos e informar sobre a origem de nossa matéria-prima. Para isso trouxemos uma leitura importante sobre as áreas manejadas pelos nossos fornecedores e como funciona a fiscalização e monitoramento da cadeia produtiva do setor florestal.

Continue a leitura e descubra a seguir como você está contribuindo para a conservação da Amazônia ao optar pelos móveis da ArboREAL!


Serviço Florestal Brasileiro - SFB

Você deve estar se perguntando: "como o manejo florestal permite a extração de madeira e ao mesmo tempo conserva a floresta?"

A resposta para essa pergunta está no sistema de gestão de florestas públicas. Florestas públicas são aquelas que pertencem à população brasileira e que são geridas por algum órgão do governo federal, estadual ou municipal, no geral, são áreas sob o domínio da União.

Mapa de cobertura vegetal das florestas públicas no Brasil

O governo federal do Brasil tem uma unidade dentro do Ministério da Agricultura que tem a missão de promover o monitoramento, o conhecimento, o uso sustentável e a ampliação da cobertura florestal no território nacional, de forma que os recursos naturais se tornem elementos estratégicos para a economia. Esse órgão gestor é chamado de SFB - Serviço Florestal Brasileiro.

O SFB é responsável por abastecer o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF) com dados e pesquisas sobre o cenário do setor florestal de florestas naturais e plantadas. É através do Boletim Anual SNIF que obtemos os dados para áreas sob concessão florestal, estes que são coletados pelo Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP).

Mas no final só quem tem o poder de conceder a permissão de manejar determinada área é a União, no caso, o titular da área da floresta pública.

De acordo com o Relatório de Gestão de Florestas Públicas do SFB publicado em 2022, no total são mais de 309 milhões de hectares de florestas públicas destinadas e não destinadas inseridas no CNFP até o ano de 2020!

Tabela de áreas de florestas públicas disponível no relatório de 2021.

Concessões florestais

A concessão florestal é a forma pela qual uma empresa, associação comunitária ou cooperativa recebe do governo o direito de explorar produtos e/ou serviços florestais, por determinado tempo e em uma área pública, por meio de práticas de manejo florestal sustentável. Cada área concedida é chamada de Unidade de Manejo Florestal (UMF). O concessionário possui o direito de explorar a floresta, mas ela continua sendo da União, ou seja, da própria sociedade brasileira.

Fluxo do processo de Concessão Florestal (Serviço Florestal Brasileiro).

Importante ressaltar que a Lei de Gestão de Florestas Públicas (LGFP) prevê que as concessões florestais devem acontecer com participação da sociedade e com total transparência, ou seja, são realizadas audiências públicas nas áreas de concessão florestal com participação da comunidade local, onde qualquer pessoa pode tirar dúvidas, levar sugestões ou dar seus posicionamentos.

As empresas que recebem a concessão florestal devem cumprir uma série de obrigações e critérios de sustentabilidade estabelecidos pelo governo, como a elaboração de um plano de manejo, a realização de monitoramento e controle da atividade, a contratação de mão de obra local e a realização de investimentos em infraestrutura e capacitação.

Todas as atividades exercidas pela empresa que ganha a licitação são monitoradas pelos órgãos federais e as áreas de concessão são constantemente inspecionadas por entidades ambientais, sejam as Secretarias de Meio Ambiente (SEMAs), IBAMA ou ICMBio.

No monitoramento dos contratos de concessão, o SFB acompanha as atividades dos concessionários, a produção florestal e o cumprimento das obrigações assumidas pelas empresas no processo de licitação. Os resultados do monitoramento são incorporados aos Relatórios de Gestão de Florestas Públicas publicados anualmente pelo Serviço Florestal Brasileiro.


Áreas sob Concessão Florestal

Sabemos que o modelo de gestão e manejo das florestas públicas sob concessão florestal são a maneira mais efetiva de colher madeira e ainda assim conservar a biodiversidade local, por isso sempre obtivemos nossa matéria-prima de fornecedores que submetem seus Projetos e Planos de Manejo Florestal Sustentável às concessões florestais, assim garantimos à rastreabilidade dos nossos produtos desde a floresta até a sua casa.

Abaixo temos a localização das áreas de florestas públicas na Amazônia de onde vem a madeira colhida em concessões florestais:

Para cada localização acima o SFB monitora a área total de florestas públicas em hectares que é manejada, conservada ou restaurada.

  • Altamira: 725.545 hectares;

  • Caxiuanã: 317.945 hectares;

  • Jacundá: 221.220 hectares;

  • Jamari: 222.167 hectares;

  • Saracá-Taquera: 441.284 hectares.

Os valores correspondentes às áreas que são manejadas de fato para a indústria madeireira são bem menores:

  • Altamira: 361.917 hectares;

  • Caxiuanã: 176.600,33 hectares;

  • Jacundá: 87.772,23 hectares;

  • Jamari: 128.653,62 hectares;

  • Saracá-Taquera: 135.009,44 hectares.

Hoje, a área total da Amazônia é de 419.694.300 hectares, ou 4,2 milhões de km², que corresponde a 49,3% do território nacional. Já a área de concessões monitoradas pelo SFB é de 1.928.161 hectares, ou 19.281,61 km², o que equivale a 0,46% da região Amazônica.

Com tudo isso demonstrado através de números, fica mais fácil compararmos o impacto que o Manejo Florestal tem na conservação da Amazônia se comparado ao desmatamento. É essencial saber separar ou diferenciar uma coisa da outra!

O manejo florestal sustentável é previsto e amparado por lei, assim como possui fiscalização e monitoramento das áreas exploradas para que sejam tomadas medidas compensatórias, o que significa que as empresas responsáveis pela comercialização dos produtos de origem florestal retirados do local (sejam madeireiros ou não) devem instalar projetos que compensem qualquer atividade de extração.

Monitoramento da execução do Manejo Florestal Sustentável na Floresta Nacional de Jacundá/RO de Junho de 2014 (à esquerda) a Agosto de 2014 (à direita).

Os efeitos do desmatamento são praticamente irrecuperáveis, muitas vezes devastando áreas muito maiores que as delimitadas para uma única UMF de concessão florestal, pois as Unidades de Produção Anual possuem valor máximo de extração de madeira, ou seja, a empresa ou cooperativa for colher madeira em determidada área não pode ultrapassar a metragem cúbica de madeira exigida por lei (que atualmente é de 30m³ por hectare), por isso apoiar o manejo florestal e incentivar a exploração sustentável dos recursos naturais é tão importante.


Geralmente o desmatamento é acompanhado de queimadas, pois o objetivo é a retirada total da vegetação de forma predatória e inconsequente, deixando apenas o solo exposto e afetando diversos ecossistemas que não poderão depender mais daquela área para se regenerar de forma natural, enquanto o manejo tem toda uma estrutura, equipe preparada com equipamentos certos e uso de EPI's, com planejamento para que a cada período de colheita da madeira o responsável pela gestão da Unidade de Manejo Florestal respeite o ciclo de regeneração de 30 anos da área explorada, ou seja, cada UPA (Unidade de Produção Anual) só pode ser manejada a cada 30 anos.

Identificação de árvores feita durante um inventário florestal de uma Unidade de Produção Anual de Manejo Florestal.

Para podermos afirmar que você, ao adquir um produto ArboREAL, está contribuindo com a conservação da Amazônia, compramos a responsabilidade de só obter nossa matéria-prima de fornecedores que trabalham com Manejo Florestal Sustentável, comprovando o licenciamento das operações através do DOF - Documento de Origem Florestal.


Lembrando que, os 1.928.161 hectares de concessão florestal são 19.281,61 km² de floresta amazônica sendo conservada através de projetos que permitem a retirada de madeira e elaboram medidas compensatórias para minimizar o impacto causado durante as operações florestais.

Como consumidor, saiba sempre de onde estão vindo os produtos de origem florestal que você adquire, não só móveis de madeira maciça, mas os móveis também feitos de MDF, compensado, colares de sementes, perfumes com fragrâncias de espécies nativas do Brasil e até mesmo castanhas consumidas na alimentação.

Mas com relação aos nossos produtos pode ficar tranquilo que a origem é certificada e teremos enorme prazer em comprová-la para você!


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